segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CDF CINE #1 - Transformers: O Lado Oculto da Lua


Pois é, pois é... Um dos filmes mais aguardados do ano e... Bem, não foi o que eu esperei.
Tive o desprazer de assistir Transformers: O Lado Oculto da Lua esses dias atrás e infelizmente me decepcionei. Aparentemente o filme não passou de um grande rascunho para a inserção dos estonteantes efeitos especiais.
Para começar, peguemos o personagem principal: Sam Witwicky. Cara, ele nunca cresce? Sempre inseguro, às vezes arrogante, meio gago e muito, mas muito azarado. Sam está lutando pelo PRIMEIRO emprego depois da faculdade (da mesma forma que lutava pelo PRIMEIRO carro e PRIMEIRO ano na faculdade). Depois de ter largado da Mikaela (Megan Fox... que saudade) ele está com outra agora, que na verdade é só mais uma gostosa cantada por todo mundo. Me diz uma coisa: como um cara desses com todos os defeitos acima, consegue DO NADA uma garota daquelas? SEM NEXO! E eu gostava mais da Mikaela também que era muito bem interpretada e realmente se ENVOLVEU com os Autobots, coisa que a Carly, nova namorada do Sam, não fez.
Aí vem o conflito. Toda a operação de Viagem à Lua na Guerra Fria não passou de fachada para investigar a queda de uma nave Autobot. Depois de investigar, eles recuperar os Pilares, um monte de equipamento que pode abrir portais para qualquer lugar no Universo. Na Lua ainda está Sentinel Prime, líder dos Autobots antes de Optimus.
O filme conta com muitas traições, humanos trabalhando para robôs e muita cena de gente se ferrando, mas principalmente piadas sem graça. Pela primeira vez eu vi na dublagem de um blockbuster a palavra “foda”, repetida duas vezes durante o filme.
A impressão que tive do filme é que foi, como já disse, um grande rascunho criando apenas motivos para inserção dos efeitos especiais espetaculares como a “cobrona de metal destruindo o prédio”. Grandes personagens perderam suas características mais marcantes, como por exemplo Optimus, que se tornou um líder sanguinário e deixou de ser o “benfeitor da humanidade”. John Malkovich, se tornou quase um figurante no filme. Deve ter atuado por uns cinco minutos ao todo – aliás, ele foi quem disse a palavra “foda” pela primeira vez.
Em síntese, gostei do começo, detestei o meio, abominei o final. Transformers merecia uma história melhor para sua conclusão e, realmente, Michael Bay poderia ter caprichado mais.
Como faria meu caro amigo do Tomate Místico: de Zero a Dez, dou Quatro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CDF Books #1- As Crônicas de Gelo e Fogo: A Guerra dos Tronos


Nome original: A Song of Ice and Fire: The Game of Thrones.
Autor: George R. R. Martin.
Gênero: Fantasia Medieval, Política.

Depois do estrondoso sucesso da série Game of Thrones em todos os sites de notícia eu resolvi dar uma investigada no livro. 

Resultado: O Livro é VI-CI-AN-TE!

Não é uma simples historinha de lutas com espadas e clãs em busca do poder. É uma imensa enciclopédia de política, história e árvores genealógicas de fazer inveja ao nosso querido Tolkien. Sem contar o detalhe da imensa muralha de centenas de metros de altura, feita de gelo maciço ao norte de Westeros (nome dado ao continente onde maior parte da história se passa).

As Crônicas de Gelo e Fogo são do gênero "Baixa Fantasia". Diferente da "Alta" que seria o caso, por exemplo de O Senhor dos Anéis, onde Bem e Mal são bem diferenciados, neste gênero o que não falta são traições, espionagem, sangue e até estupros. Como diz a resenha do segundo livro da saga (A Fúria dos Reis), em Westeros, "inocência é uma palavra que não existe".

Alguns anos antes...

Pra entender a história, precisa-se entender o que aconteceu uns 15 anos antes de tudo isso. O rei dos Sete Reinos (Westeros) era Aerys Targaryen II, o rei Louco. Ele não tinha esse nome à toa, já que mandou arrancar a língua de um cara com pinças quentes, né?
Mas, prosseguindo... Aerys tinha dois filhos na época: um grande guerreiro com armadura de rubis que era o Rhaegar e o pequeno Viserys, que no final vai ser importante. A esposa/irmã do rei (sim, ele era casado com a irmã, porque a família queria preservar o sangue e os cabelos prateados) estava grávida.
Rhaegar tinha uma esposa sim, que era Elia, do reino de Dorne. Mas resolveu raptar Lyanna, que era irmã de Brandon e Eddard Stark de Winterfell (calma, aí... Eu sei que é muito nome complicado, mas já você acostuma). Lyanna era prometida de Robert Baratheon que vivia em Ponta Tempestade. Ao saber que sua noiva tinha sido raptado ele... bem ficou P da vida, né? O pai e o irmão mais velho da Lyanna foram tentar reaver a filha, mas foram mortos. Como resultado, guerra.

Na guerra, que foi longa pra chuchu, a Lyanna morreu, mas Robert matou Rhaegar com seu martelo de guerra num lugar chamado Tridente (três rios chamados de Ramo Azul, Verde e Vermelho). Jaime Lannister, que era da guarda do rei louco Aerys, cortou a garganta do monarca pelas costas e assim ficou sendo chamado de Regicida, pois traiu quem jurou servir. Depois da morte do rei Aerys, a família Lannister saqueou a capital Porto Real e tornou-se mais poderosa do que antes. Daí, foi só desgraça... A antiga rainha fugiu com o filho mais novo e teve a filha no meio duma tempestade na ilha Pedra do Dragão e morreu no parto. A menina, Daenerys, tornou-se uma das principais personagens da história depois... Lembrem-se do nome dela!

Robert Baratheon tornou-se rei e para selar aliança com a poderosa família Lannister, casou-se com Cersei Lannister, irmã do Regicida que aliás é uma tremenda galinha. Eddard Stark (também chamado Ned Stark), que era seu amigo, voltou para seu lar, que era Winterfell e casou-se com Catelyn Tully, de Correrrio (que antes era prometida de seu irmão Brandon Stark). 

Aí teve outra rebelião com os Greyjoy (tá cansativo? Você ainda não viu nada!). Estes dominavam ao Oeste de Westeros e quiseram dominar mais ainda. Robert e Eddard se uniram de novo e derrotaram Balon Greyjoy, e Eddard levou o filho de Balon, Theon, como garantia de que ele não ia fazer guerra de novo. Por volta dessa época (ou antes, essa parte é meio confusa), Eddard levou para casa um bastardo que teve pelo caminho: Jon Snow. Snow é o sobrenome dado a todos os bastardos nascidos no norte, assim como Stone (no Ninho da Águia), Rivers (em Correrrio) e outros mais.

Theon Greyjoy cresceu querendo vingança pela derrota do pai e morte de seu irmão; Daenerys Targaryen cresceu sofrendo e sendo perseguida junto com o irmão Viserys por serem herdeiros do rei Aerys; Jon Snow cresceu discriminado por ser um bastardo de Ned Stark; e Tyrion Lannister, bom... este não cresceu. Tyrion, irmão mais novo dos gêmeos Cersei e Jaime Lannister é um dos maiores gênios da narrativa além de ser um anão, chamado de Duende pelas costas (pela frente também, pelos descuidados ou arrogantes). 

Mas, calma, pessoal. Isso não é nem o começo! A história realmente começa mais à frente com a morte de Jon Arryn que era a Mão do Rei (tipo um Primeiro Ministro) no reinado do rei Robert. Robert vai então para Winterfell e pede para Eddard ser sua nova Mão...

Querem saber o resto? Pois é só esperar o próximo post sobre As Crônicas de Gelo e Fogo.
Valeu pessoal. 

“O inverno está para chegar” – (Lema da Casa Stark de Winterfell).